O estilo de Haru

5.1.17

Oioi minha gente querida, primeiramente quero agradecer por todos recadinhos de aniversário, todos muito lindos, e eu estou me sentindo muito amada por todos vocês. Agora oficialmente já começou o ano e vamos fazer muitos posts exclusivos para um ano de 2017 TOP!👏👏👏

E para abrir com chave de ouro o ano, temos uma convidada muito especial, falando sobre moda e comportamento, modéstia cristã como um estilo de vida e muito mais. Estou falando dela Haru Chiuji uma moça virtuosa, dona no blog que tem o seu nome, e do intagram modesta todo o dia. Além de linda é com certeza uma moça muito preocupada em colocar a vontade Deus em primeiro lugar, fala com propriedade e muita sabedoria, muito gentil e é pura meiguice.  Vamos conhecê-la?



Haru, como você define seu estilo?
Depende da ocasião. Quando vou pregar, palestrar ou prestar consultorias, opto pelo clássico da alfaiataria. Já em situações informais, vou de retrô, puxado para o campestre, com aquele "toquezinho" romântico – "girlie" –, até o minimalismo. Mas, em geral, meu estilo casual day visa conforto acima de tudo.
Sabemos que você é vegana. O seu estilo alimentar reflete na sua forma de se vestir?
Sou vegetariana estrita. Não me considero vegana, pois faço uso do mel e da geleia real em tratamentos naturais preventivos e terapêuticos. Apesar disso, eu tenho profundo respeito e compaixão pelos animais; procuro, sempre que possível, buscar vestuário e itens de higiene e limpeza de origem vegetal.
Sobre o nome do seu blog, Modesta Todo Dia, percebi que você não usa calça comprida, pelo menos nas fotos do Instagram. Você realmente só usa vestido e saias no seu dia a dia? E quais critérios você define na hora de comprar uma roupa?
O blog e o Instagram fazem papéis diferentes, porém, complementares. No blog, costumo escrever reflexões, poesias e coisas que aprecio. No Instagram, o Modesta tem o intuito de inspirar moças na hora de escolher seu vestuário. Compartilho de maneira leve meu dia a dia e, de vez em quando, publico algumas fotos do meu acervo como modelo.
Não sou muito de publicar conteúdo programado de moda. O intuito ali é apenas dividir objetivamente um pouquinho de quem eu sou e do meu estilo de vida. Isso reflete diretamente no meu vestuário em diversos cenários.
Por essa razão, o Modesta mostra exatamente isso, o meu estilo como um todo. Uso saias e vestidos rotineiramente, salvo situações de esporte. Fiz uma reforma geral em meu guarda-roupa, há quase um ano, e me desfiz de praticamente tudo o que tinha anteriormente, incluindo as calças. Quanto a estas, eu as uso em situações específicas, por considerá-las uma opção inteligente e discreta em alguns contextos.
Por exemplo; sou do tipo de pessoa que aprecia muito alguns esportes não competitivos e aventuras em meio à natureza. Quando faço uma trilha muito íngreme, escaladas, parapentes, skydiving, stand up paddle, correr pelo parque, ir à academia, entre outras atividades que exigem muita mobilidade, opto por legging e uma saia por cima, normalmente uso alguma das saias que utilizava para jogar tênis. São bonitinhas, confortáveis, cumprem o papel de cobrir o que não quero mostrar e me dão mobilidade nas pernas. Eu as considero mais seguras do que as saias mais compridas para essas ocasiões.
Na hora de comprar, sempre penso em três coisas, especificamente:
1. Recato;
2. Bom gosto;
3. Bom senso.
O vestuário precisa ser confortável e deve cumprir a função de proteger o organismo nas diversas situações climáticas, pois isso está relacionado à saúde vital do corpo. É preciso ser bonito e de bom gosto, Deus gosta do belo. Seu senso estético é perfeito, tudo o que faz é indescritivelmente lindo. E devemos ter bom gosto na hora de combinar uma peça com outra; é preciso compor o look segundo os ditames do bom senso. Lembrando que, para ser bonito, não é necessário ser extravagante ou excessivamente decoroso. A beleza das coisas costuma residir na simplicidade delas mesmas. Como sempre digo: "Menos é mais, sempre".
Também vale ressaltar a importância do bom senso. Para cada situação, um contexto; para cada contexto, uma necessidade específica. Não vou usar roupas de trabalho, por exemplo, para ir à praia ou escalar uma montanha. Cada roupa precisa ser inteligentemente pensada, para que supra a necessidade de cada situação.
Como psicóloga, você considera a moda um reflexo do nosso comportamento? Quais dicas de autoconhecimento você daria para definirmos um estilo pessoal?
Sim, na maioria dos casos, o externo remete ao interno. Assim como a disposição das coisas em nossa casa ou no escritório revelam facetas de nosso próprio psiquismo.
Se tudo está bagunçado, é provável que a pessoa precise de organização e planejamento mental. Se tudo está obsessivamente limpo e alinhado, isso pode sugerir um conflito latente interno, em que a pessoa despende grande energia para tentar corrigi-lo. A compulsão por limpeza é um sintoma clássico e pode ser o reflexo de um interior que está tentando se reequilibrar com medidas reparatórias (normalmente severas) por meios externos. É uma forma de limpar algo sujo ou inaceitável dentro do psiquismo.
Todas as nossas escolhas e todas as coisas regidas por nós revelarão um pouco sobre nossa personalidade. Afinal, nós nos expressamos por meio disso. Conscientemente ou não.
Já reparou como uma pessoa que está atravessando um período depressivo se veste?
A roupa revela mais que um simples "estilo" ou regra de moda que apreciamos. Ela costuma revelar o estado de humor, o perfil psicológico e de comportamento. A roupa diz onde você está indo e com qual propósito.
Quanto às dicas para auxiliar na hora de definir o estilo pessoal.
Sugiro, primeiramente, que a pessoa observe aspectos da própria personalidade, de temperamento e comportamento, para então buscar inspiração em algum estilo específico.
O estilo pelo qual se espelhar deve apenas expressar partes da própria característica inata da pessoa. Nada de buscar um estilo que não tem representação pessoal alguma para você. Não queira seguir um estilo ou uma tendência apenas por ser o que a maioria está fazendo e usando. Não existe muita praticidade nisso, pois o risco de encontrar desconforto e "despersonalização" é grande. Busque, dentro daquilo que você se encaixa bem, conciliar o recato, o conforto e a beleza.
No mundo, existe uma paleta variada de opções. Por exemplo, se você tem necessidade de organização, gosta de fazer uma coisa de cada vez, bem feita, e aprecia um visual clean, tanto no vestuário como na decoração e disposição dos móveis de um ambiente, então, o estilo minimalista pode ser algo que a represente bem. Este estilo não gosta de muitos detalhes, por entender que polui muito o visual, e gosta de um look clean, alinhado e simétrico. Aprecia, acima de tudo, a sofisticação na simplicidade.
Independentemente de qualquer que seja o seu estilo particular, não se deve deixar de colocar alguns ingredientes fundamentais no que tange ao recato que Deus espera de nós:
1. Decência;
2. Saúde;
3. Bom senso.
Estes aspectos são facilmente adaptáveis a qualquer estilo de vestuário, pois, assim como é totalmente possível ser vulgar – e estar inadequado e desconfortável utilizando um estilo minimalista –, também é possível produzir o inverso.
Independentemente do estilo, os itens citados acima devem ser reverenciados.


Como podemos usar a moda para pregar o evangelho de Deus?
Partindo do pressuposto já citado anteriormente: o interior costuma revelar o exterior. O nosso corpo é um templo sagrado do Espírito Santo. Pensando nisso, não devemos comunicar ao mundo nada menos que pudor, recato, simplicidade e beleza, por meio do nosso vestuário.
Vale sempre a pergunta na hora de escolher a roupa antes de sair de casa: "O que quero comunicar ao mundo por meio do meu vestuário?".




Rapidinhas da Malu:

Quem são suas It Girls?
Não me recordo de nenhuma no momento. Mas existem alguns estilos que expressam bem um pouco da minha personalidade e nos quais me sinto confortável de me inspirar. Um deles é o estilo "girlie", por remeter a um modo mais leve, natural, feminino e romântico. Muitos tons pastel, tecidos leves e cores harmônicas.
Isso me faz lembrar muito a influência materna com que fui criada e me conecta bem ao estilo delicado com que mamãe sempre me vestiu quando pequena. Outro estilo que aprendi a apreciar é o retrô, com extensão no vintage. Gosto desse toque antigo, meio "démodé" no vestuário. Existem pontos meio nostálgicos em minha personalidade e aprecio recordações antigas.
Também me considero minimalista e me inspiro muito nesse estilo. No trabalho, gosto de alfaiataria, com o minimalismo sendo o principal ingrediente. Embora não tenha alguma It Girl em específico para citar, eu me inspiro sempre nesses 3 estilos.

Dica de beleza:
Use produtos naturais, sempre! Desde o sabonete até a pasta de dente. Evite qualquer cosmético que não seja à base de produtos naturais – e que sejam preferencialmente orgânicos –, pois a pele excreta toxinas pelo suor e também tem capacidade de absorvê-las. Com essa única dica, não tem como não ter uma nutrição mais eficiente para pele, unha e cabelos. Com tudo bem nutrido e devidamente cuidado, a pessoa vai esboçar saúde, que é o ingrediente fundamental da beleza.

Peça predileta do seu guarda-roupa:
Os de bom corte, ajuste, e prioritariamente confortáveis. Normalmente, os preferidos são os vestidos, pois, com uma única peça, veste-se o corpo todo.



Make favorita?
A mais leve possível. Make, em minha opinião, deve exaltar a saúde, realçar a beleza natural e reforçar uma aparência saudável.
É claro que um estilo de vida saudável potencializará esse fator, e makes não deveriam ser usadas como muletas. Ou seja, não se deveria usar maquiagem para disfarçar um estilo de vida intemperante.
Devemos honrar a Deus nesses aspectos, primeiramente. E, como consequência, obter os benefícios dessa prática. Se cuidarmos do que deveria ser prioridade (nossa saúde como um todo), muitos problemas já seriam resolvidos quanto a este assunto. Mas, claro, sei que muitas pessoas, mesmo já possuindo um estilo de vida saudável, terão de lidar com seus desafios genéticos. Por isso mesmo, não vejo problemas se usados segundo os ditames deste princípio. É uma forma de honrar a Deus; afinal, Ele gosta do belo. E somos representantes d’Ele.
Particularmente, não aprecio maquiagens extremamente artificiais e excêntricas. Um exemplo disso está nas cores berrantes e profusas que são usadas com o propósito de chamar atenção para algo explicitamente plástico e antinatural.
Deus nos fez para sermos belos, e a beleza que remete o sinete do Céu está em esbanjar vigor, vitalidade e saúde. Essa deveria ser nossa referência.
Vale ressaltar que o uso de maquiagem tem momento adequado. Sentir-se na obrigação de fazer uso diário e em todos os cenários da vida é um tipo de escravidão que acarretará vício e disformidade na visão de si mesma. E, certamente, isso acomete em desonra direta a Deus. Ele não quer filhos escravos viciados em absolutamente nada, tanto mais em coisas sem propósito direto com os interesses eternos de restauração e salvação.


Peça-desejo para o verão?
Um par de chinelinhos de couro, aqueles em forma de X, sem correias no tornozelo. Muito confortável, bonito e fresquinho, combina facilmente com tudo.

O que é brega?
É ser exagerado e superficial, é promover um estilo plástico de vida, vazio, supérfluo e efêmero, em que o “parecer ser” ganha supremacia sobre o ser. É tornar obsoleto o que deveria ser reverenciado, atrofiando o desenvolvimento do que realmente importa observar. Um rouba o cenário do outro, fazendo destoar com muita incoerência o parecer do ser e do estar.
Uma vida artificial não é só brega e inadequada, é pobre de valores e muito vazia. O eco soará tão alto, que se expressará em sintomas de frustração, ansiedade e descontentamento.


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